Goytacaz completa 100 anos de existência

Clube campista tem hoje a quinta maior média de público do futebol carioca

21/08/2012
Noticia

O Goytacaz Futebol Clube chegou a uma importante marca na última segunda-feira (20): a de 100 anos de existência. No ano do centenário, no entanto, o acesso não veio. O time vai ter que amargar mais um ano longe da Série A (já são 20). Porém, a chama da torcida segue acesa e a cada dia novos adeptos surgem. Na última rodada, diante do Tigres do Brasil, o estádio Aryzão estava completamente lotado.

Como forma de homenagem, o site oficial do clube campista divulgou um comunicado falando de toda a história do Alvianil da Rua do Gás. Confira o texto abaixo, na íntegra:

Dia 20 de agosto de 1912. Era criado a partir de um desentendimento de um grupo de remadores do clube Natação de Regatas Campista, o Goytacaz F.C. Os fundadores tiveram negado um pedido de barco para passear no Rio Paraíba do Sul e resolveram então mudar de esporte. Nem imaginavam que a partir daquele momento, nascia o clube mais popular e querido da cidade.

O nome do clube foi uma homenagem aos primeiros habitantes da cidade de Campos: os Índios Goytacazes, que segundo o historiador Eduardo Bueno, eram os mais ferozes índios do atual território conhecido como Brasil, além de exímios nadadores, o que lhes dava uma vantagem extra nas batalhas.

A primeira diretoria do Goytacaz foi formada assim: Luiz Carlos Cabral (presidente), Roberto Melo (vice-presidente), Otto Nogueira (1º tesoureiro), Jaime Rego (2º tesoureiro), Rudah Martins (1º secretário), Álvaro Nogueira (2º secretário), João Cunha (fiscal) e Manoel Patrão (procurador) e também ficou decidido, ainda, que a casa de Otto Nogueira, situada à Rua 21 de abril, nº. 14, no centro da cidade, ficaria sendo provisoriamente a sede do novo clube.

A primeira partida foi em 25 de agosto de 1912 contra o Internacional e a equipe alvi-anil venceu por 2 a 1, com o time tendo formado com: Claudinier, Mário Manhães e Catete, Álvaro Nogueira, Estevam Almeida, e Adelino, Laranjeira, Linconl, Jorge Gomes, Didu e Otto Nogueira.

O primeiro campo do Goytacaz foi defronte à igreja de Santo Antônio, em Guarús e, por isso, o santo é considerado o padroeiro do time. Mais tarde o campo passou para a Praça da República, onde a Prefeitura Municipal cedeu um terreno, mas ali não ficaria por muito tempo, pois logo se mudaria para perto do Liceu de Humanidades, no antigo campo do Luso-Brasileiro, no mesmo terreno onde, mais tarde, seria construído o palacete de Finazinha de Queirós, transformado após a sua morte na Casa de Cultura Villa Maria.

O clube, porém, mudaria novamente e, dessa vez, se estabeleceria em frente à linha férrea campista, no início da Rua do Gás, na Lapa. Foi nesse campo que o Goytacaz tornou-se, definitivamente, um dos maiores times da cidade, chegando a ter ali mesmo o primeiro campo com iluminação elétrica do interior do Estado, em 5 de junho de 1930, o que causou muita polêmica, já que a cidade vivia sérios problemas de abastecimento de energia.

O Goytacaz foi o primeiro time de Campos e o terceiro do antigo Estado do Rio a jogar no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Isso aconteceu em novembro de 1963, contra a equipe carioca do Madureira e a partida terminou empatada em 2 a 2. Antes dele, jogaram, no Maracanã, o Canto do Rio, que disputava especialmente o Campeonato Carioca desde 1941 e estreou no Maracanã já em 1950 e o Fonseca, que disputava o Campeonato Fluminense mas enfrentou o America no estádio pela Taça Brasil de 1961.

O Goytacaz foi o primeiro clube campista a ter um jogador na seleção brasileira: Amaro da Silveira, titular absoluto no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1923, tendo o Goytacaz também tevelado Amarildo, “O Possesso”, goleador da Seleção Brasileira e destaque da Copa do Mundo de 1962, sendo este filho de Amaro.

O Alvianil foi o primeiro campeão da cidade de Campos dos Goytacazes, isto em 1914. O clube conquistou vinte campeonatos campistas, sendo o de 1955 de forma invicta, além de ter sido o primeiro tetracampeão (1940/1941/1942/1943), levantou duas taças Cidade de Campos e cinco campeonatos estaduais (antigo Campeonato Fluminense, em 1955/1963/1966/967/1978).

Em campeonatos brasileiros, a melhor performance do Goytacaz na primeira divisão foi em 1978, quando conquistou o 30° lugar, entre 74 participantes. Em 1985, foi vice-campeão da Taça de Prata, equivalente ao atual Campeonato Brasileiro Série B.

Os presidentes do Goytacaz foram: Luís Cabral, Vicente do Amparo Ferraiuolli, Osvaldo Cunha, Luís Sérgio Silva, Francisco Carvalhal, Augusto Faria, Salim Nagem, Ary de Oliveira e Souza, Dr. Jacintho Simões, Martinho Santafé, Domingos Guimarães, Abelardo Brito, Antônio Ribeiro Alvarenga Filho, Gumercindo Freitas, Sebastião Lírio, José Gabriel, Nilson Cardoso de Souza, Salvador Araújo Nunes, Edson Alvarenga, Antônio José Coutinho, Jacynto Simões, Ramiro Alves Pessanha Filho, Rubens Vieira Rios, Roberto Krunfly, Rafael Martins, Edecyr de Oliveira, Jorge Fernandes de Souza, Amaro Escovedo, Amaro Gimenes, Arizo Azevedo, Manoel Santana, Antônio Eraldo Lopes Riscado,Armando Zanata, Silvio Pinheiro, Dartagnan Fernandes , Valtair de Almeida, Zander Pereira, José Luiz Dutra e atualmente quem comanda o clube é o presidente Jomar Garcia Paes.

Este ano o Goytacaz terminou a Série B na terceira colocação e teve adiado o sonho de sua imensa torcida em ver o time novamente na elite do futebol do estado do Rio.

 

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro parabeniza dirigentes, atletas e torcedores do clube campista por mais um ano de existência.

 

Assessoria de Imprensa: Agência FERJ

 

 

Notícias relacionadas

PARCEIROS

Penalty
Sportsradar