João Carlos comemora gols e brinca com camisa dois

Situação inusitada foi tratada com bom humor pelo jogador caxiense

19/08/2013
Noticia

Nada foi fácil para João Carlos no Duque de Caxias. Em sua segunda passagem pelo clube - a primeira foi em 2007, ainda na Segunda Divisão do Campeonato Carioca - o atacante já passou por várias situações. Em 2012, foi o "12° jogador", entrando no segundo tempo em quase todos os jogos. Começou a pré-temporada como titular com Josué Teixeira, mas perdeu a posição em um jogo-treino que não pôde comparecer por problemas particulares. Charles Chad o substituiu, fez três gols, não saiu mais e acabou como vice-artilheiro do Estadual.

Com a saída de Charles para o Caxias (RS), era a vez dele. Camisa nove contra o Mogi Mirim, titular e homem de referência do time de Mário Marques. Porém, logo no primeiro jogo, quebrou o dedo e ficou fora por dois meses. Esquecido, em alguns jogos de fora até mesmo do banco de reservas, João Carlos reapareceu logo no primeiro jogo de Eduardo Allax, novo treinador, e substituiu William. Em poucos minutos, quase não tocou na bola e o time acabou derrotado pelo Barueri.

Quis o destino que contra este mesmo Mogi Mirim, no jogo de volta, no último sábado (18), no Marrentão, nove rodadas depois, sua estrela brilhasse. E da forma mais inesperada possível. O volante Micheel levou o terceiro cartão amarelo contra o Caxias (RS) e cumpriu suspensão. João Carlos entrou em seu lugar, mudando o esquema de jogo, marcou dois gols, deu uma assistência e saiu escolhido como um dos melhores em campo na vitória por 3 a 1 diante dos paulistas:

“O João é um bom garoto, esforçado e que luta muito. Tem uma bola aérea muito forte e finaliza bem. Estava merecendo a oportunidade pelo bom momento nos treinos. Foi a nossa referência em campo e acabou sendo fundamental na nossa vitória. Está de parabéns pelos dois gols, pela assistência e pelo grande jogo”, afirmou o técnico Eduardo Allax.

Mas, o principal detalhe dos gols estava nas costas. A camisa dois, normalmente utilizada pelo lateral, foi à única que "sobrou" da relação de 1 a 11, já que as mais comuns (9, 11 ou 7) estavam "ocupadas" por jogadores há mais tempo no time titular (Bruno Veiga, André Gomes e Jefinho, respectivamente) e a escalação era praticamente a mesma do último jogo:

“Nunca tinha jogado com a camisa 2, por motivos óbvios. Foi a primeira vez. Não ligo muito para isso, é só um complemento para a gente entrar em campo e jogar. Mas acho que deu sorte, né? O importante é continuar em campo ajudando os meus companheiros e o Duque de Caxias, seja com qual camisa, no banco ou no time titular”, disse João.

O técnico Eduardo Allax brincou com a situação inusitada da camisa dois e mais uma vez destacou o esforço de João Carlos para ajudar o Duque de Caxias na vitória por 3 a 1:

“Na concentração sentei com o Luiz Oliveira (supervisor de futebol) e o Carlos Oliveira (analista de desempenho) para conversar sobre a numeração. Inclusive brincamos e acho que até profetizamos que o João faria dois gols ao jogar com a camisa 2. Claro que é uma brincadeira, mas ele acreditou nas orientações e se esforçou. Mereceu”, finalizou o treinador.

 

 

Agência FERJ

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