Mãe e árbitra, os desafios da dupla jornada

A visão de uma mãe é diferente do ângulo do mundo. A missão transformadora e recompensadora vem carregada de desafios - ainda mais atualmente. As mães que educam, acolhem, protegem e desempenham o papel de "psicóloga" são as mesmas que arregaçam as mangas e brilham na dupla jornada. Mãe de Ravi, de 2 anos, Rejane Caetano é uma dessas guerreiras que, entre um apito e a amamentação, representa o mais genuíno amor nesse Dia das Mães.

- A descoberta da gestação foi um tsumani, um turbilhão de emoções e sentimentos, por não ser programada. Mas foi a melhor coisa que me aconteceu e me ressignificou! Foi e está sendo um desafio constante com tudo na vida, mas com uma base familiar eu, desde o início, consegui me manter ativa. Tive a oportunidade de ir até os 5 meses e meio apitando e mantive os treinos até próximo do parto - disse.

Árbitra do Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro (DEAF-RJ) desde 2012, detentora do escudo da Fifa, Rejane conta que retomou os treinos 20 dias após o nascimento de Ravi, três meses depois foi aprovada no teste físico e voltou a atuar. Uma readaptação. Agora era uma árbitra-mãe.

- Passamos por vários momentos desafiadores para chegar até aqui, mas graças a Deus conseguimos vencer cada desafios juntos. Sem contar com o suporte, cuidado e sequência de oportunidades que a Departamento de Arbitragem me proporcionou para uma nova fase em minha carreira. Hoje podendo viver 100% da arbitragem - ressaltou.

Rejane revela outra dificuldade nessa dupla jornada: as viagens que lhe fazem ficar longe de Ravi.

- Quando o coração aperta o pensamento é sempre que preciso estar feliz para fazer meu filho feliz. E quando estou com ele, vivo intensamente cada momento - afirmou.

Ravi pode fazer cera à vontade. A mãe e árbitra não dá cartão. Ela quer mais acréscimos ao lado do bebê.

Agência FERJ